







Turma Amaro Macedo
O nome da turma sofreu um processo de alteração ou amadurecimento ao longo do último semestre. Inicialmente a turma se chamaria Télson & Liana, nome que foi dado aos bebês na disciplina de Embriologia com a professora Gabriela. Na disciplina, os nomes foram escolhidos como uma forma de homenagem à Botânica e à Zoologia, onde Liana é o nome dado às trepadeiras lenhosas e Télson é o nome da peça quitinosa do exosqueleto dos artrópodes. Nás vésperas de construção da arte para a placa de Formandos houveram questionamentos quanto ao nome Télson & Liana, " não queremos ser lembrados como a turma das trepadeiras" questionaram alguns, e logo as botânicas de plantão da turma de posicionaram e levantaram suas bandeiras à favor de homenagearmos o escritor Botânico Amaro Macedo.
Amaro Macedo é filho de Otávio Macedo, um fazendeiro do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais e de dona Maria da Glória Chaves Macedo. É casado com Célia Duarte Macedo e pai de quatro filhas: Regina, Marília, Beatriz e Maria do Carmo.
Fez o curso primário em Ituiutaba e o ginasial em Campanha, MG. Formou-se como Técnico Agrícola na Escola Superior de Viçosa, hoje Universidade Federal de Viçosa, MG. Quando se preparava para o vestibular para o Curso de Agronomia, foi chamado por seu cunhado Álvaro Brandão de Andrade, para lecionar no curso primário no Instituto Marden, que Álvaro acabara de fundar em Ituiutaba. Isto aconteceu em 1935. Logo passou a dar aulas de matemática, ciências e desenho geométrico no curso ginasial do mesmo Instituto. Com a criação do Curso de Comércio passou a ser professor de estatística. Era o substituto de Álvaro quando assumia a direção do Instituto. Nesta cidade passou também a lecionar ciências e matemática no Colégio Santa Tereza. Como professor de Ciências Naturais começou a ensinar o nome científico das plantas do dia-a-dia, como arroz e feijão. No entanto, os alunos, filhos de fazendeiros, começaram a querer saber o nome latino de plantas que ocorriam em suas fazendas. Ele não sabia e começou a estudar e a dar aulas de campo.
Começou assim seu interesse pela Botânica e pelo Meio Ambiente. Com muito empenho começou a pedir ajuda a botânicos famosos na época e pouco a pouco aprendeu a coletar e a preparar com esmero seus espécimes botânicos. Em geral era um solitário naturalista. As plantas foram coletadas, em sua maioria, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Coletou em Natividade, Porto Nacional e Filadélfia, que na época pertenciam ao estado de Goiás e hoje fazem parte do estado de Tocantins.
A primeira planta coletada foi Roupala tomentosa Pohl., em 03 de maio de 1943, em Ituiutaba. Durante as viagens, sempre escrevia relatos pormenorizados, falando de plantas, mas comentando o meio ambiente, o povo, as cidades em formação, os meio de transportes, as condições de vida, a culinária, os costumes das gentes, as festas típicas. Quando se aposentou iniciou uma nova vida como fazendeiro, mas continuou a coletar as plantas dos cerrados. Um dia, coletando plantas na fazenda, foi atingido no olho esquerdo por um galho de “unha-de-cabrito”, Bauhinia bongardi Steud. – ficou totalmente cego desse olho, mas não parou de trabalhar. Hoje passa muito tempo na fazenda (sua filha Maria do Carmo é a atual gerente da fazenda), mas reside com a esposa dona Célia em Ituiutaba.